Vasos
Ano: 2024
Material: Cristal soprado
Dimensões: 24 x 19 x h41 cm
Quartzitos e arenitos de origem e tempos distintos se fundem num grande mosaico. A erosão se encarrega de esculpir depressões e curvas de diferentes ordens no conglomerado do Serrano.
Inspirada na paisagem característica do leito do rio Lençóis, na Chapada Diamantina, Jacqueline Terpins cria o vaso e o centro Serrano em cristal. Transgride os caminhos naturalmente indicados pela matéria em seu estado incandescente e conforma a peça com desvios de movimentos bruscos, provocando reentrâncias profundas por meio de ferramentas de aço. As intempéries sofridas e registradas pelas pedras ao longo do tempo são representadas pela técnica vidreira craquelê que percorre parte da superfície da peça.
Ano: 2024
Material: Cristal soprado
Dimensões: 21 x 12 x h52 cm
Assim como a maioria das grutas e cavernas, a Gruta da Lapa Doce tem na origem de sua formação processos de erosão química. A água da chuva, em contato com gases atmosféricos, torna-se levemente ácida, criando cavidades que, com o passar do tempo, se alargam e formam sistemas de paisagens subterrâneas.
No interior da Lapa Doce, o negativo dos caminhos das águas se revela registrado nas paredes e tetos de calcário. A partir da rocha altamente porosa e vulnerável nascem, como que por oposição, formas com arestas e ângulos afiados.
Se contrapondo à tendência natural do cristal de se arredondar sob o efeito da alta temperatura, Jacqueline Terpins, numa nova aproximação com a matéria, conduz o vaso Rochoso para ganhar ângulos, quinas, arestas, usando ferramentas de madeira e ferro. Assim como o calcário sob a ação da água, o cristal assume e incorpora as transformações geradas por intervenções precisas e delicadas.
Ano: 2024
Material: Cristal soprado
Dimensões: 16 x 12 x h58 cm
Ao entrar nas cavernas Torrinha e da Fumaça, a subexposição de luz faz com que a coloração branca do calcário ressalte à visão. Entre as diferentes formações registradas nos tetos e paredes, destacam-se as estalactites. Em um processo contínuo e estendido no tempo, o gotejamento da água que passa pelo teto através da rocha carrega minerais dissolvidos que se depositam sucessivamente, criando essas formas geológicas.
No vaso Estalactite, os minerais que compõem o cristal, em alta temperatura, procuram o movimento natural da matéria que remete ao gotejamento nas cavernas. Em temperatura próxima a 900°C, a massa vítrea é alongada e, com a intervenção de ferramentas, pontas se desenham em referência às formações rochosas. Assim como a água, o cristal flui, permitindo que a plasticidade do material traga a memória das imagens das estalactites.
Solitário I e II
Ano: 2022
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - 12,5 x 9,5 x h83,5 cm | II - 58,5 x 9 x h55,5 cm
Duas massas de cristal, idênticas, são o ponto de partida para Solitário. Enquanto uma se mantém sólida, maciça, se tornando base, a outra se torna um volume soprado, leve e alongado.
Através da fusão em alta temperatura, ambas se encontram e se unem em pleno equilíbrio.
Duas versões da mesma essência moldam-se em uma unidade.
Ano: 2020
Material: Cristal soprado
Dimensões: 13 x 7 x h50 cm
Igapó é um dos tipos de vegetação encontrados na floresta amazônica e caracteriza-se por terrenos planos ao longo do Rio Negro, periodicamente alagados.
Devido à pobreza de nutrientes na água e solo que as compõe, as matas de igapó se configuram como ambientes extremamente frágeis.
O vaso Igapó, um corpo íntegro que se rompe e rasga, traz para o cristal a memória dos troncos que sofrem com a ação da água e a escassez natural dos terrenos arenosos, inundados. Um registro do baixo grau de resiliência deste bioma.
Ano: 2020
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø13 x h78 cm | II - Ø11,5 x h65 cm
O vaso Igarapé se inspira nas ramificações do Rio Negro, que nascem das profundas águas deste rio e se tornam cursos d’água rasos e capilares que permeiam a bacia amazônica.
Do tupi, “ygara” (canoa) e "apé" (caminho), igarapé significa “caminho de canoa”. Em sua forma que insinua o movimento e aponta para uma direção, o vaso Igarapé nasce da reflexão de que nesta estrutura, o caminho da água é o caminho do homem. Aqui, homem e natureza são um só, seguindo o mesmo percurso.
Ano: 2020
Material: Cristal soprado
Dimensões: Ø15 x h48 cm
Em um processo de estudo de formas, parte-se de uma massa alongada e homogênea de argila. Um gesto repetitivo e uniforme impresso no barro revela o eixo central deste volume criando um estreitamento pontual na forma ovalada, que remete ao corpo feminino.
Inaru, mulher em língua indígena da região do Rio Uaupés – Rio Negro Amazonas. O Vaso Inaru, transfere da argila para o cristal não só a forma sinuosa associada à mulher e todo o sentido que carrega, como também traz, na escolha de seu nome, um convite ao olhar dos nossos povos ancestrais em relação à mulher suprema, à Mãe Terra.
Ano: 2020
Material: Cristal soprado
Dimensões: 17,5 x h38,5 cm
Arquipélago de Anavilhanas, Rio Negro. O conjunto de fragmentos de terra de grande escala criam na extensão do Rio Negro desvios e ramificações no curso natural de suas águas largas, que ganham novo percurso e ritmo de vasão.
O vaso Anavilhanas traz sobre uma base de cristal soprado, duas camadas de cristal maciço que correm em direções diferentes, convergindo em um ponto de seus percursos.
O cristal, de origem líquida e fluída, se solidifica tornando-se o registro representativo da espontaneidade que a água assume em seus caminhos, adaptando-se às circunstâncias, sem perder sua natureza.
Ano: 2019
Material: Cristal soprado
Dimensões: 26 x 11 x h33 cm
Dois movimentos em antítese: o sopro central expandido do cristal em suspensão e o achatamento condensado das margens do volume da matéria contida e delimitada.
O volume que nasce do sopro central é afirmado pelo degradé de tons escuros que, em sentido vertical, se transformam à medida que percorrem a peça.
Ano: 2019
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - 24,5 x 7,5 x h66 cm / II - 29 x 7,5 x h47 cm
Ano: 2019
Material: Cristal soprado
Dimensões: II - Ø15 x h80 cm
Ano: 2018
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - 17,5 x 9 x h45 cm / II - 19 x 8 x h30 cm
Vasos Fenda e Fresta
Ano: 2018
Material: Cristal soprado
Dimensões: Fenda I - 16 x 9 x h46 | Fresta 29 x 9 x h22 cm
A massa do cristal incandescente, ainda vulnerável, se deixa fluir pela força da gravidade em forma de escoamento. A naturalidade deste movimento é quebrada pela interferência de um corte provocado que incomoda, instiga e atrai o olhar.
Ano: 2017
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø12 x h70 cm / II - Ø 11 x h50 cm
Vaso Vácuo
Ano: 2017
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - 23 x 9 x h42 cm / II - 18 x 9 x h30 cm
O cristal soprado emoldura um vazio central ao estruturar-se em pleno ar criando o vaso Vácuo. O ritmo do cristal soprado exprime-se, acatando a forma que ele apresenta ao ser liberado pela alta temperatura sustentando a vibração ritmica desse vazio.
Vaso Vão
Ano: 2017
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - 18 x 18 x h44 cm / II - 16 x 16 x h30 cm
O cristal soprado emoldura um vazio central ao estruturar-se em pleno ar criando o vaso Vão. O ritmo do cristal soprado exprime-se, acatando a forma que ele apresenta ao ser liberado pela alta temperatura sustentando um movimento de dois elementos que quase se entrelaçam.
Ano: 2015
Material: Cristal soprado
Dimensões: Ø17 x H 36,5 cm / II - Ø22,5 x h26 cm
Ano: 2015
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø28 x h35 cm / II - Ø24 x h29 cm / Longo - Ø22 x h37 cm
Ano: 2015
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø27 x h37 cm / II - Ø23 x h25,5 cm / III - Ø18 x h25 cm / IV - Ø16 x h20 cm
Jacqueline Terpins, ao criar o vaso Twist, compartilha com o observador o estado fluido do cristal enquanto matéria-prima.
Como o próprio nome diz, uma torção traz o resultado estético que se expressa na fluidez das formas de uma peça já solidificada. Um objeto que tem o movimento e a leveza do cristal incandescente se mostra como uma memória da alta temperatura.
Ano: 2014
Material: Cristal soprado
Dimensões: 30 x 31 x h41 cm
O vaso Infinito contém o movimento e leveza do líquido do cristal incandescente; um registro da memória da temperatura elevada.
Tocando minimamente a superfície que o sustenta, o traço fluido e contínuo desenha sua estrutura no espaço, sugerindo um deslocamento infinito.
Ano: 2013
Material: Cristal soprado
Dimensões: GG - Ø35 x h38 cm / I - Ø28 x h32 cm / II - Ø25 x h27 cm / III - Ø22 x h21 cm
Vaso Continente
Ano: 2012
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø29 x h36 cm / II - Ø25 x h31 cm / III - Ø20,5 x h26 cm / IV - Ø17 x h22 cm | Longo I - Ø17 x h42 cm / II - Ø14 x h35 cm / III - Ø14 x h31 cm
Ano: 2011
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø20 x h38 cm / II - Ø25 x h28 cm
Ano: 2011
Material: Cristal soprado
Dimensões: I - Ø18 x h27 cm / II - Ø19 x h19 cm
No Vaso Membrana, são criadas camadas através de mergulhos intermitentes da massa vítrea colhida do forno, em uma sobreposição surpreendente de cores.
Essa técnica de cristal soprado, explorada livremente mostra que quando duas cores estabelecem uma intersecção entre si formam uma terceira cor, bem-vinda e inesperada. O movimento e a marca do tempo de desenvolvimento da peça ficam registrados na mesma. O resultado: peças ímpares nas quais há nuances sutis de cores em plena transformação.
Vaso Quartzo
Ano: 2008
Material: Cristal soprado
Dimensões: Vaso I - Ø11 x h40 cm / II - Ø11 x h30 cm | Peso de papel - 11 x 5,5 x h11 cm
Vaso Cinquenta
Ano: 2013
Material: Cristal soprado
Dimensões: Vaso I - Ø10 x h46 cm / II - Ø18 x h35 cm / III - Ø18 x h20 cm | Vaso oval I - 16 x 12 x h46 cm / II - 21 x 13 x h35 cm | Centro 34 x 17 x 20 cm
Ano: 2011
Material: Cristal soprado
Dimensões: Ø14 x h14 cm | Mini I - Ø11 x h11 cm / II - Ø9 x h9 cm